O Ser humano também é um ser social, diria essencialmente emocional.
Assim como cada elemento tem suas qualidades intrínsecas, enquanto indivíduos pertencentes à uma comunidade de terráqueos, somos socialmente emocionais.
Se não escolhemos viver numa caverna isolados da convivência humana, refugiados em paisagens desertas de subjetividade, estamos subordinados à relatividade da coabitação. Coabitamos espaços físicos próximos ou distantes que se conectam por qualquer movimento individual. A cada clique internético ou passada de perna esbarramos com pessoas, seja através dos órgãos dos sentidos ou da tela mental. Inevitavelmente pessoas coexistem no cerne de nossas vidas pois compartilhamos tempo, espaço, ar, água, terra, fogo e o “vil” metal desde que nascemos. Ou conheces tu alguém que nasceu e viveu os primeiros anos de vida sem outra alguém? Ou o leitor vive num planeta sem gente?
O termo individualidade por vezes pode ser socialmente confundido com individualismo. O conjunto das qualidades que compõe a originalidade, fazendo com que algo ou alguém seja único, não descarta a sociabilidade presente em cada indivíduo. A capacidade de coexistir é inerente a interdependência humana desde seu nascimento. E para àqueles que precisam de ar e água para viver, a faculdade do convívio com outros indivíduos é hereditário.
Tendo em vista a interdependência da condição humana, e da vida em sociedade, a convivência humana deve ser considerada como indispensável para o desenvolvimento de qualquer individualidade, seja ela individualista ou não. O convívio com outra(s) pessoa(s) é indispensável para nascer, crescer, viver e morrer.
Dado a relevância inexorável da convivência humana, refletir e contemplar sobre valores humanos e atitudes sociais para coexistirmos num mesmo sítio de modo equilibrado e harmonioso é premente. Ou podemos escolher nos relacionar com os morcegos de uma gruta.