Não há planejamento que não seja uma utopia. Essa verdade se solidifica quando lidamos com o inesperado processo de adoecimento e refletimos sobre as diferentes formas de morrer e deixar de viver.
Muitas possibilidades nós temos para escolher como viver e, às vezes, escolher como morrer. Afortunados ou não são alguns que experenciam a eminência de morte e que pensam na possiblidade de morrer em um “suposto tempo”. Desta forma, meditam sobre o tempo que tem para atuar com o corpo em que ainda vivem.
Independente da religião ou sistema de crença, de cada pessoa ou dos envolvidos, no processo de viver, adoecer ou morte, um acompanhamento especializado pode suavizar, apaziguar, amenizar ou amortizar adversidades ou acontecimentos passados que repercutem no momento presente. E gerar mais clareza para ações futuras. Bem como facilitar a comunicação ou a ausência da mesma, para um processo sem arrependimentos e culpas desnecessárias. Acolhendo o inevitável balancete emocional, entre outros débitos e créditos, que fazem parte desses processos.
O cenário de perdas e morte para muitas culturas implica sofrimento mas também tranquilidade e familiaridade, paralelamente. Todos os sentimentos podem ser experenciados e devem ser respeitados num contexto de vida mergulhado em perdas significativas.
Rituais e outras ações podem ser feitas, para preencher lacunas de entendimento, promover conforto, dar colo às transições da vida e estabelecer uma relação com a morte em prol de manejar tais emoções e carências.