Todos os brasileiros deveriam orgulhar-se ao serem chamados de negros. Ser negro não é pelo tom da sua pele, mas pela sua garra e determinação. Há mais de 40 anos era revelada no Rio Grande do Sul, por homens e mulheres do Grupo Palmares, a data do assassinato de Zumbi. Os ativistas do movimento negro, então declaram a data de 20 de novembro como o dia da Consciência Negra.

Hoje esta data é comemorada, inclusive com feriados, em mais de 1000 cidades no Brasil. Mas essa conquista só teve o pontapé inicial em 2003 quando foi inserida no calendário escolar e oficialmente em 2011 através de uma lei federal.

Os ativistas negros lutam por liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Além disso, buscam maior participação de afro-brasileiros na luta contra o preconceito, a discriminação, o racismo e por igualdade nas relações de trabalho.

A luta é árdua e infindável. Para onde olhamos há preconceito. Diariamente os negros, sejam eles famosos ou não, são vítimas de racismo. Casos recentes como o da jornalista Maria Júlia Coutinho e da atriz Taís Araújo que foram atacadas e xingadas nas redes sócias, mostram uma sociedade despreparada, preconceituosa e inconsciente.

O nosso herói negro brasileiro é motivo de orgulho por todas as suas lutas e, por isso, o dia 20 de novembro não deve ser identificado como uma data festiva cheia de atividades que somente exaltem a cultura afro-brasileira. Devemos sim, refletir e debater a situação social, econômica e política na qual o nosso povo negro encontra-se até os dias de hoje.

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Mariana Magro
Mariana Magro é jornalista, graduada pela FACHA, e está como assessora de comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário da prefeitura do Rio, tendo trabalhado anteriormente na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Janeiro. Além disso, é cerimonialista e mestre de cerimônias de eventos públicos, coorporativos e sociais. Contato: mariana.magro@gmail.com

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