A comida que comemos não é apenas para satisfazer o paladar. Cada alimento é essencial para a manutenção do corpo. Não necessitamos somente de vitaminas ou de minerais específicos. Necessitam da variedade dos alimentos para nos nutrirmos adequadamente. Quando escolhemos o que comer, exclusivamente, por uma questão de preferência ou prazer, não alcançamos o valor dos alimentos em si. É por isso que os Yogues e homens santos de muitas tradições comem o mínimo possível e estão atentos ao como ficam depois que comem, principalmente durante os períodos de austeridade, para que o corpo e a mente estejam favoráveis para as disciplinas e a mente com discernimento para ações cotidianas.

Quando comemos, além do suficiente para nutrir o corpo, geramos um esforço demasiado para o sistema digestivo, e quando o sistema digestivo está sobrecarregado, somos incapazes de extrair o melhor dos alimentos. Os alimentos contêm substâncias que alimentam os pensamentos e o sistema nervoso. Quando os pensamentos são bem alimentados, eles são mais refinados e puros, e somos capazes de viver em um estado mental mais equânime. Quando o corpo é utilizado sem excessos ele é mais capacitado para extrair os nutrientes dos alimentos e favorecer o bom funcionamento do corpo e do sistema nervoso como um todo.

Observa, antes de comer, como está fazendo suas escolhas do que se servir. Depois de cada refeição, fique atento à consequência de tais escolhas, para então fazer as próximas refeições de forma consciente favorecendo o bom funcionamento de todos os seus sistemas.

---

Liliane Oliveira
Psicóloga clínica e Hospitalar e Instrutora em Yoga. Atendimento terapêutico individual, casal, família e de pessoas acometidas por doenças crônicas e agudas. Ministra aulas particulares de Hatha Yoga. Dedicada também ao estudo de advaita vedanta, neurociências, sustentabilidade e alimentação inteligente. Promove trocas de saber sobre qualidade de vida e morte, valorizando um estilo de vida em Yoga. www.lilianeoliveira.org

---