Colunistas de veículos (grandes e pequenos) cederam, no começo desse mês, espaços nos jornais e revistas (offline e online) para a campanha #AgoraÉQueSãoElas, cujo objetivo era permitir que mulheres escrevessem sobre a violência contra pessoas do sexo feminino e outros assuntos de seu interesse.

O movimento surgiu com a campanha contra o projeto de lei 5069/13, do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que dificulta o aborto nos casos permitidos pela legislação brasileira, prevê punições para quem facilitar a prática e exige a apresentação de exame de corpo de delito para atendimento no SUS (Sistema Único de Saúde) nos casos de
estupro.

Indignadas com a desfaçatez e a indiferença para com o corpo e a dignidade das mulheres, em poucas horas, milhares de mulheres foram para as ruas protestar, mostrando o lado mais belo e vigoroso de seu movimento por emancipação.

Não se trata somente de direito e liberdade de escolha. Mas de respeito e amor ao próximo, de recusa à conversão da mulher em objeto submisso, de crítica ao domínio patriarcal, machista, que se vem arrastando pelos séculos.

O feminismo e a revolução feminina são conquistas democráticas recentes. Estão em pleno curso. Enfrentam obstáculos e resistências obscurantistas, mas seguem em frente, como uma onda que se impõe, uma força da natureza.

Jogue no Twitter, no Google a hashtag  #AgoraÉQueSãoElas e escute o que essas mulheres, de diferente idades,profissão e histórias tem a dizer.