Qual o posicionamento a ser adotado entre construtoras, imobiliárias e clientes para um relacionamento duradouro?
O primeiro dado a ser destacado no cenário atual, diz respeito à visão comum que a indústria imobiliária e seus players – construtores, imobiliárias, investidores, instituições financeiras, têm com a situação geral do setor e dos problemas a serem enfrentados.
Ainda sendo um mercado extremamente competitivo, discute-se sobre qual o posicionamento a ser adotado entre as construtoras , imobiliárias e clientes finais para um relacionamento que se traduza em fidelização às marcas.
A resolução a tais questionamentos vem sendo “atropelada” pelo cenário econômico em que vivemos atualmente, gerando um impasse nas estratégias a serem utilizadas no curto e médio prazo.
De um lado, os construtores são, em sua maioria, empresários moldados pela prática, donos de discursos objetivos e ausentes de reflexões teóricas. As dificuldades enfrentadas na condução de seus negócios fruto dos sobressaltos impostos pela economia, tem levado a uma sensação de insegurança quanto aos investimentos a serem realizados.
Neste sentido, buscam parceiros capazes de lhes garantir a realização de resultados.
As imobiliárias devem estar preparadas para oferecer este tipo de suporte. Seu papel deve ser reorientado para relações mais ágeis, pró-ativas e com respostas claras. Deve-se estabelecer um relacionamento mais próximo e vantajoso para as 2 partes. O apoio da imobiliária deve ser trabalhado como uma proximidade natural de parceiros/sócios que buscam um denominador comum: a realização de negócios lucrativos.
Uma alternativa para que possamos conquistar este espaço passa por uma promessa de valor em que as construtoras e imobiliárias possam trilhar juntas e criar junto ao consumidor final uma forte razão de preferencia por sua marca.
Os clientes vêem a compra de um imóvel como um ideal, um bem de raiz, a realização de um sonho. E como tal, é revestido de todos os componentes de uma compra racional e não mais puramente emocional.
Devemos buscar diferenciais tangíveis de mercado que possam gerar um maior índice de fidelidade à marca. E transformar estes diferenciais em promessas de valor que tenham relevância ao consumidor final.
Não tenho a “receita de bolo”, afinal cada caso, é um caso. Mas penso que algumas atitudes devem ser consideradas pelas empresas:
– Permear em toda a organização as novas diretrizes, definindo o foco e o papel de cada funcionário nas ações que serão realizadas;
– Fazer um pacto de longo prazo entre construtoras e imobiliárias traduzindo um conceito de interdependência entre os negócios. Ou seja, somente com o sucesso de seus empreendimentos é que poderemos ter sucesso.
– Reforçar junto aos públicos atributos de tradição, confiança e credibilidade como fundamentais no processo de escolha de uma marca.
– Ter uma visão de inovação constante, excelência operacional e intimidade com o cliente.
Lembre-se: “Estratégias são sonhos. A maior força vem da ação”.