Numa época onde estresse, depressão e ansiedade tornaram-se características acopladas à vida cotidiana, não somente nos centros urbanos mas também em outros cenários, a palavra lazer se tornou um bom antídoto para nos distrair das tensões e nos distanciarmos dos deveres.
Lazer tem sido adotado como uma prática, ou quase uma obrigação, em muitos centros urbanos. Introduzida na cultura ocidental como uma necessidade para manutenção da qualidade de vida e individualidade, dentro de um contexto de vida coletiva. Atualmente, Lazer faz parte da nossa linguagem coloquial.
Em algumas cidades, fazer algo pelo lazer é quase que uma tarefa a cumprir diariamente ou aos finais de semana. Seja como for, independente de como cada cultura ou região lida com o que chamamos, no senso comum, de hora do lazer, alimentamos a crença deste tempo de intervalo do trabalho, estudo ou o que consideramos atribuições inevitáveis, ser primordial para vivermos na contemporaneidade.
Se minha mente está cansada, meu corpo estafado, meu estômago e intestinos irritados e outros sistemas colapsados, buscar um momento para se desligar das “preocupações” se torna importante e incontestável.
Tantas são as causas, para esses desequilíbrios que suplicam um tempo dedicado ao lazer, que provavelmente a validade desse recurso “lazer” seja de curto prazo e insuficiente. Uma população que tende à inquietação, ansiedade, depressão, estresse ou outras síndromes procura mais do que lazer para prevenção ou remediação dessas causas e consequências. Reestruturação de valores, crenças, dogmas, organizações sociais, atitude consciente, valorização do meio ambiente, reconhecimento da interdependência etc. devem coadunar com tal antídoto lazer que, aparentemente, minora tal mal estar coletivo.