A combinação de fatores como a baixa taxa básica de juros (Selic), o otimismo quanto à retomada mais consistente da economia, a recuperação dos níveis de emprego e a ampliação do crédito junto aos bancos promete alavancar o mercado imobiliário em 2020
A combinação de fatores como a baixa taxa básica de juros (Selic), que se encontra em menor nível histórico, o otimismo quanto à retomada mais consistente da economia no decorrer deste exercício, a recuperação dos níveis de emprego e a ampliação do crédito junto aos bancos promete alavancar o mercado imobiliário em 2020. A expectativa da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi) vale tanto para a locação quanto para a venda de imóveis na Capital.
De acordo com o diretor da entidade, uma vez que a conjuntura impulsione a comercialização de imóveis na cidade, o mercado de locação também será beneficiado. O principal motivo, segundo ele, diz respeito à rentabilidade do negócio, que, com a queda da Selic – hoje em 4,5% ao ano –, voltou a ser uma boa opção de investimentos frente a outras alternativas financeiras.
“Quem antes postergou a compra do imóvel por causa da crise, já começa a olhar com outros olhos para as opções de compra, diante das melhores condições. Da mesma forma, quem já tem imóvel próprio, mas deseja investir ou já é investidor, terá no mercado de locação uma boa opção”, explicou.
Diante disso, a expectativa é que somente o mercado de vendas de imóveis cresça pelo menos 5% neste ano sobre o exercício anterior. Em 2019, segundo ele, deverá ser apurada estabilidade. Com isso, é possível que os preços também aumentem, já que o volume de estoques de imóveis esta baixando.
“Pode ser que haja incremento nos preços, porque isso depende da oferta e demanda. E como a oferta hoje está baixa, a elevação na procura vai inflacionar os preços”, disse.
Já no caso do mercado de locação, ele não estimou em quanto deverá crescer neste exercício, mas também aposta em elevação dos preços do aluguel. Neste caso, deverá ser no mesmo patamar da inflação, já que a oferta de imóveis deste tipo tende a ser maior. De toda maneira, ele ponderou que o aumento refletirá a adequação dos preços em relação aos últimos anos.
“Com a crise, houve muita defasagem nos valores cobrados e, por mais alto que seja o reajuste, ainda ficará abaixo dos cortes feitos nos anos anteriores”, justificou.
Para se ter uma ideia, o Instituto Data Secovi, mantido pela CMI/Secovi, apurou que, de janeiro a outubro de 2019, o valor médio do aluguel subiu 8,11% em relação ao mesmo período de 2018. A variação do IGP-M nesse período foi de 3,15%, o que significa um aumento real de 4,96% no aluguel.
“Tivemos uma efetiva redução da taxa de juros de crédito imobiliário e a introdução do novo funding, que utiliza juros prefixados acrescidos da variação do IPCA, barateando as linhas de financiamento. Há grande expectativa quanto ao lançamento de uma nova modalidade de crédito imobiliário sem a correção já divulgado pela Caixa Econômica”, disse o presidente do Snic, Paulo Camillo, em comunicado à imprensa.
Na semana passada, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que a instituição vai lançar em março uma nova linha de crédito imobiliário com juro fixo, sem correção.
Fonte: Diário do Comércio