Após um longo período de desaceleração no segmento imobiliário, vemos com otimismo a retomada dos negócios tanto na área do mercado primário (lançamentos) quanto no mercado secundário (usados).
Diversos são os sinais que nos levam a crer por uma reversão no quadro de instabilidade que vimos enfrentando nos últimos meses em meio à debilidade da economia e à crise política.
Vamos a eles:
– O compromisso do novo governo em devolver credibilidade à política econômica. Reduzir o custo Brasil para recuperar a competitividade, a reforma trabalhista, a redução da carga tributária e a facilitação de investimentos são questões essenciais para que o setor produtivo volte a investir.
– A retomada da confiança pelas construtoras e incorporadoras parece ter deixado para trás o pior momento. Lançamentos postergados voltam para a agenda de investimentos, demonstrando um claro otimismo do setor quanto à recuperação da atividade.
– O custo básico da construção civil se manteve estável em agosto, ajudando na redução de custos e na consequente manutenção dos preços atuais.
– Mudança nos planos de financiamento da Caixa para pessoa física. Aumento da cota de 70 para 80% nos imóveis novos e de 60% para 70% nos imóveis usados no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI)
– Aumento na demanda de imóveis residenciais para locação.
– Mudança nas regras para a construção de unidades populares na Região Portuária, focada em imóveis residenciais, para impulsionar a ocupação da região e reduzir o déficit habitacional do município.
– Mudança no comportamento do consumidor aliada a uma visão de oportunidade de bons negócios. Também traduzida pelo axioma “se o cliente vê oportunidade, acaba comprando.”
Com este novo cenário mercadológico, a competitividade deve aumentar para atrair novos clientes – ainda mais exigentes.
As construtoras devem investir em diferenciais que vão desde a concepção da planta até serviços agregados, como a área de lazer mais funcionais, novas tecnologias, respeito ao meio ambiente e itens que barateiam a taxa de condomínio tais como o reuso de água nas áreas comuns e medidor individualizado.
Nossa crença é de que empreendimentos que são lançados com projeto, localização e preço certos têm bom desempenho de venda.
Ou seja, fazendo um produto bem feito, com preço justo, vende.
Finalizando, quero dividir com vocês uma parte da entrevista feita pelo Globo na sexta feira, 02.09 com um depoimento do empresário Michael Klein (Presidente Grupo CB – Casas Bahia) sobre o atual momento e que acho bastante oportuno e elucidador do estágio atual em que vivemos.
“Não vou esperar o governo decidir. Faço a minha parte. Eu vou antecipar, fazer tudo o que deve ser feito. Por exemplo, investir no setor de imóveis, que está com os preços mais em conta agora. Quando o mercado estiver deslanchando, o preço vai ser mais caro”
Márcio Pegado
Consultor de Marketing e Branding.
Formado em Comunicação pela PUC/RJ, com MBA em Administração e outro em Varejo pela Coppead/RJ.Trabalhou em grandes agências de publicidade e no mercado de varejo e serviços dos maiores players em seus respectivos segmentos.Atualmente presta consultoria em estratégias de Comunicação de Marketing.