A RETOMADA DO MERCADO E OS NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO

Grandes players do mercado imobiliário sofreram com a pressão imposta por um cenário recessivo.


E Commerce Bogoricin Prime Interna

Durante uma crise econômica, consumidores são compelidos a adaptar seus orçamentos, rever investimentos, adiar planos para um futuro menos incerto.

Estudos de consultorias apontam que os hábitos adquiridos tendem a perdurar mesmo após a crise. Uma pesquisa feita com o objetivo de mostrar a nova dinâmica de consumo da população verificou que os consumidores passaram a adotar novos canais de compra. Um dos canais que se destacaram, inclusive para o mercado imobiliário, foi o e-commerce. Esta é uma tendência que veio para ficar. Já não é mais novidade para ninguém que o ambiente digital tem movimentado cada vez mais recursos fazendo com que as construtoras, incorporadoras, imobiliárias e profissionais autônomos de corretagem invistam cada vez mais nesta plataforma.

Os hábitos de consumo e as formas de comunicação e interação com o cliente final estão mudando. Acabou-se aquela época em que o cliente é quem comprava o produto. Foi-se o tempo em que construtoras e imobiliárias podiam contar com uma grande massa de consumidores ávidos na compra ou aluguel. Seja com recursos próprios ou com o farto crédito que era oferecido pelos bancos.

Naquela época, fazer marketing era mais fácil: despejava-se um caminhão de dinheiro em propaganda nos canais tradicionais. Hoje essa fórmula já não é mais sinônimo de sucesso.

Para as construtoras, é o momento de repensar seus empreendimentos e a forma de vender para este novo cliente, pensando talvez em imóveis mais compactos, em adequar o que é realmente importante em uma área de lazer (de forma a não encarecer demasiadamente custos condominiais) e nas campanhas publicitárias. Para as imobiliárias, não vale a pena investir em tantas lojas físicas. O ideal é “performar” o melhor possível com o que se tem e investir em inovação, tecnologia da informação, campanhas on line.

Está em curso um claro movimento de mudança de postura: vemos consumidores que buscam “Value for Money”, ou seja, empreendimentos que priorizam qualidade e adequação de preço justo.

Com isso, empresas do setor sem clara diferenciação, que se posicionam ainda naquela velha maneira de fazer negócios e de relacionar, saem perdendo — ainda que possuam apelo na tradição de suas marcas.


Fonte:

Márcio Pegado
Consultor de Marketing e Branding.
Formado em Comunicação pela PUC/RJ, com MBA em Administração e outro em Varejo pela Coppead/RJ. Trabalhou em grandes agências de publicidade e no mercado de varejo e serviços dos maiores players em seus respectivos segmentos. Atualmente presta consultoria em estratégias de Comunicação de Marketing.



Nós apoiamos. Apoie também:

Pró Criança Cardíaca Médicos Sem Fronteiras Action Aid Brasil